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Um movimento pensado para todos os jovens que buscam encontrar novas formas de atuar no mundo e pensar o futuro

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manifesto seja futuro

Que tipo de mundo você enxerga? Num futuro próximo e distante, quais são as perspectivas que você tem?

Nós, grupo de jovens do segundo ano do Ensino Médio, em São Paulo, compartilhamos desse mesmo questionamento. Especialmente numa crise de pandemia mundial, o futuro nos mostra cada vez mais incerto e pede mudanças. Não só daqui a 15, 20 anos, mas a curto prazo. Onde estaremos daqui a um ano, daqui a dois? 

Quando paramos para pensar nisso, vemos um mundo cada vez mais autocentrado, polarizado e individualista, e ao mesmo tempo pedindo mais conexão, alegria e inovação. Existe algum bem comum que nos une, algum objetivo como sociedade? Como reacender essa chama que parece estar se apagando?

O Coronavírus trouxe esses pensamentos à tona. Estar confinado em casa nos fez pensar em que mudanças virão a partir disso tudo. Ainda que nosso senso de conforto nos leve a querer voltar para o padrão anterior, este vem se mostrando bastante problemático, por estar limitado a evoluir sem o aumento de consciência individual e coletiva.

Quando pensamos em perspectivas para os próximos anos, há poucas. Muito do que esperamos está indefinido e ficar parado parece cada vez mais angustiante. Se adaptar acaba sendo mais importante do que se planejar. Vale a pena, por exemplo, estudar para entrar numa faculdade se o trabalho que queremos talvez não irá mais existir?

O mercado de trabalho está cada vez mais automatizado e em plena transformação, com atividades perdendo valor e outras surgindo com força. Um computador pode, em poucos anos, fazer algumas atividades médicas, ou analisar um contrato muito mais rapidamente do que um advogado faz. Uma máquina provavelmente fará o papel de um cobrador de ônibus, ou de um caixa de supermercado. Não que isso seja um problema, mas será um modelo em que a qualificação necessária será cada vez mais exigente. É preciso pensar em novas formas de trabalhar e de viver. O que podemos fazer em relação a isso? 

Estamos também destruindo o meio ambiente cada vez mais rápido. Segundo o IPCC, atividades humanas contribuem com 95% a 100% do aumento da temperatura do planeta. De 2001 a 2018, houve uma redução de 9% na cobertura arbórea, gerando a emissão de uma quantidade significativa de CO2 na atmosfera, contribuindo também para o aquecimento global. Esse é um sinal de esgotamento que pede o caminho do novo; uma sociedade que precisa de uma vez por todas respeitar os limites dos recursos naturais do planeta e criar um novo paradigma de desenvolvimento.

Mesmo não sendo levados a sério, há jovens como nós pensando sobre isso; no entanto, chegará uma hora que isso não será suficiente. Quanto mais devastador o cenário se tornar, mais alto é o preço que estamos pagando; e os mais afetados serão os nossos filhos e netos, que, diferente de nós, não terão a chance de combater esse problema. É importante reconhecer os movimentos e a legitimidade de pesquisas e tecnologias que vêm sendo desenvolvidas, para ajudar a criar uma solução ambiental e democrática para nossa sociedade.

Enquanto pensamos nisso, os problemas do mundo crescem, de um mundo construído a partir de ideais antigos que queremos deixar para trás. Nós, jovens, queremos ser agentes de mudança, dar um primeiro passo e propor novas formas de atuar no mundo. Queremos construir o nosso próprio futuro. Ser o futuro. 

Para continuar essa discussão e pensar no tipo de mundo que iremos viver, convidamos vocês jovens, seus amigos, e todos que se interessarem, a entrarem nesse movimento. Queremos fomentar uma comunidade de inteligência coletiva em que, por meio da troca de discussões e ideias, nos colocamos a serviço para escrever os próximos capítulos desta nossa história que deve continuar.

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